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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

A Reciclagem de telefone para frear o aquecimento global do planeta.

O mercado de telefonia móvel está crescendo de forma constante e é quase certo que o sucesso sem precedentes vai continuar para os próximos séculos. Infelizmente, este dinamismo benéfico para ambos os fabricantes e consumidores não pode ser um prejuízo ao nosso amado meio ambiente! Por causa da sua fabricação e do seu uso, cada telefone celular emite CO2 e o impacto disso não pode ser ignorado: o aquecimento global. O Telefone móvel, um grande emissor de CO2 Entre os maiores emissores de CO2, o telefone móvel é um dos mais perigosos. Sua simples produção, que requer uma quantidade considerável de materiais de energia e matérias-queimam mais fósseis, provoca a liberação de uma quantidade considerável de dióxido de carbono no ar. Assim, quando pensamos nos milhões de celulares feitas a cada ano, imagine o carbono emitido, é de arrepiar! A pior parte é que ele não para por aí. Porque mesmo nas mãos dos usuários, o celular tem potencial de perigo. Estudos científicos estima que, usando o seu telefone por apenas 2 minutos por dia, uma pessoa libera o equivalente a 47 kg de CO2. Para uma conversa superior a uma hora por dia, as emissões de C02 atingiram 1,25 tonelada por pessoa… Em outras palavras, se contarmos o número de pessoas que usam um celular no planeta Terra, para não dizer “todos”, as emissões de C02 anuais causadas pelo uso de um celular pode ser de até 125 milhões toneladas. Reciclagem de celulares: como ela pode ajudar? A reciclagem de celular não pode evitar o aquecimento global. Mas pode minimizar ou mesmo abrandar ele. Com este pequeno gesto, se todos fazem um esforço, iria reduzir a pegada de carbono provocada pelas atividades humanas, o que já é uma coisa muito boa. Como a reciclagem de celulares permiti isso? É muito simples! Reciclagem ajuda os produtores e fabricantes a utilizar matérias-primas e combustíveis fósseis já disponíveis. Com os telefones e tabletes capturados, eles deixarão de ter que extrair da Terra, ou queimar novos combustíveis fósseis. Assim, eles emiti menos CO2. Em outras palavras, através da reciclagem de seu telefone com a Recomércio, você pode ajudar a reduzir os impactos do aquecimento global!

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Verdades sobre o leite de caixinha

Temos visto na mídia, nestes últimos dias, um estardalhaço sobre o leite de caixinha ou leite longa vida como se fosse uma fraude, um crime hediondo o fato de haver sido encontrada água oxigenada e soda cáustica naquele tipo de leite. Saibam os senhores consumidores e “fiscais” de plantão que não existe leite longa vida sem um componente altamente esterilizante dissolvido no leite pelo fato de que o leite é um dos meios de cultura mais potentes, ricos e eficientes que existe. Logo que é produzido, após a ordenha, seja ela manual ou mecânica, ainda na fazenda, recomenda-se que o leite seja resfriado para prevenir, evitar, o desenvolvimento dos microorganismos presentes no próprio leite, porque ele já sai do ubre da vaca contendo esses microorganismos que precisam ser imediatamente inibidos em seu desenvolvimento, utilizando-se para isso o resfriamento, se possível em torno de quatro graus Celsius. Ao chegar à cooperativa, o leite, após os testes de qualidade e separação de algumas matérias primas, passa pelo processo de pasteurização que consiste na elevação de sua temperatura a quase fervura, em torno de oitenta graus Celsius e a seguir é resfriado bruscamente sofrendo assim choque térmico, eliminando a possível patogenia do leite. Após essa operação, o leite é embalado em sacos plásticos ou vidro e remetido ao consumidor. O leite assim beneficiado tem uma validade para consumo de no máximo vinte e quatro horas. Os procedimentos para o leite em caixinha são idênticos aos descritos acima com os seguintes “acréscimos” tecnológicos. A embalagem é especial, a caixinha, é constituída por camadas super postas, tendo dentre elas uma lamina de alumínio cuja função é inibir a passagem da luz, uma camada de plástico para evitar o contato do leite com o alumínio e camadas de papel e papelão. O leite é introduzido na caixinha num ambiente totalmente estéril. Mas, apesar de todos esses cuidados, alguns microorganismos resistem ao processo e irão se multiplicar, provocando a decomposição do leite em tempo bem inferior ao que preconiza a embalagem se não receber aditivos esterilizantes. Irá se estragar, o que comumente chamamos de azedar! Esse fenômeno só irá ser evitado com a adição de água oxigenada e soda cáustica. Não se iludam, não existe leite de caixinha ou longa vida sem a adição destas drogas em maior ou menor quantidade, dependendo da “segurança” da tecnologia de tratamento durante o beneficiamento do leite. A água oxigenada, também conhecida como peróxido de hidrogênio é a mais inofensiva porque logo se decompõe em água e oxigênio. Provocará só uma “queima” ou oxidação mais acelerada dos alimentos. A soda cáustica poderá provocar problemas mais sérios ao organismo, principalmente entre crianças e idosos, caso não seja utilizada dentro das mais rigorosas técnicas de segurança na dosagem da mesma quando de sua adição ao leite. O leite contendo a soda cáustica em excesso, ao chegar ao estômago, irá reduzir a acidez natural do líquido digestivo contido naquele órgão, obrigando uma compensação do organismo com a geração de maior quantidade de ácidos estomacais que são indispensáveis à digestão dos alimentos. A freqüente ocorrência deste fato poderá redundar em gastrites e úlceras estomacais. Sendo a soda cáustica adicionada com parcimônia, obedecendo a cálculos estequiométricos rigorosos, será logo neutralizada tão logo chegue ao estômago, transformando-se em sal e água. A própria acidez natural do leite age como antídoto neutralizando a soda cáustica se não adicionada em excesso. Não haveria motivo para tanto estardalhaço se a fiscalização fosse uma rotina, uma atividade normal e freqüente de nossas autoridades e não uma exceção, uma “novidade” e se fosse dado menos espaço na imprensa para sensacionalismos deste tipo. O que aconteceu foi um desserviço, um alarme falso que acarretou grandes prejuízos econômicos e sociais, além de trazer preocupação desnecessária a uma população já tão sofrida com todo o tipo de violência. Rigorosa e imparcial fiscalização, sim. Falsos alarmes, não. Um falso alarme como o que aconteceu com o leite longa vida deveria ser tratado como ato de terrorismo. * É bacharel e licenciado em Química, químico industrial, engenheiro químico, especialista em Recursos Naturais com ênfase em Geologia, especialista em Tecnologia e Gestão Ambiental, professor universitário e autor de duas patentes registradas no INPI e em grande número de países. AMBIENTEBRASIL E-mails: aggpinto@hotmail.com ou ag.pinto@uol.com.br

Planeta terá temperaturas muito elevadas em 2015 e 2016, diz relatório

O aquecimento global, associado a fenômenos naturais como El Niño, provocará temperaturas muito elevadas em 2015 e 2016, afirma um relatório publicado nesta segunda-feira (14) pelo serviço meteorológico britânico (Met Office). “É muito provável que 2014, 2015 e 2016 estejam entre os anos mais quentes já registrados” no planeta, disse Rowan Sutton, professor do Centro Nacional de Ciências Atmosféricas. Sutton acredita ainda que o aquecimento global voltará a se acelerar, após uma década de relativa estabilidade. Esta “pausa” no aumento das temperaturas serviu de argumento para os chamados “clima-céticos”, que criticam os modelos científicos para explicar a mudança climática e até negam a responsabilidade humana no aquecimento global. Segundo o Grupo Intergovernamental de Especialistas sobre a Mudança Climática (IPCC), a “pausa” no aquecimento se deve a uma questão estatística, já que 1998 foi um ano especialmente quente devido ao El Niño, fenômeno ligado ao aquecimento do Pacífico, que teve como consequência anos seguintes mais amenos. O estudo publicado pelo Met Office analisa detalhadamente o El Niño, que voltou a ser detectado em março e pode ser “um dos mais intensos” da história. Segundo pesquisadores britânicos, o fenômeno contribui com o aquecimento global e também repercute em nível local, com condições mais secas para alguns países asiáticos e a Austrália. Os pesquisadores preveem que neste outono e inverno no hemisfério norte as chuvas serão mais abundantes na Califórnia, que enfrenta uma severa seca há quatro anos. O Met Office também prevê que o esfriamento que se observa atualmente no oceano Atlântico pode provocar verões menos quentes e mais secos no norte da Europa, efeito que será contrabalançado pela tendência geral de aquecimento global. Em agosto, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos informou que os sete primeiros meses de 2015 foram mais quentes já registrados, após 2014 ter sido o período mais quente em 135 anos. (Fonte: G1)

Terceiro El Niño mais intenso da história vai durar até 2016

O fenômeno climático El Niño, que reapareceu em março, deve durar até o segundo trimestre de 2016 e pode ser um dos mais intensos da história – segundo as projeções anunciadas nesta quinta-feira pelo Centro de Previsão do Clima (CPC) dos Estados Unidos. Desde março a temperatura sobre a superfície das águas equatoriais do Pacífico aumenta, o que faz com que haja “cerca de 95% de possibilidades de que o El Niño persista durante o inverno 2015-16 no hemisfério norte, antes de perder gradualmente sua intensidade até a primavera”, explicou o CPC. A temperatura em algumas zonas equatoriais do Pacífico em setembro é de 2,1 graus Celsius acima do normal, informou em coletiva de imprensa Mike Halpert, diretor-adjunto da Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA). Este aumento da temperatura no período de junho a agosto situa o El Niño deste ano no terceiro lugar em intensidade, desde o começo das observações da corrente marinha em 1950, afirmou. Nos últimos 65 anos só foi registrada uma intensidade de aquecimento superior em três ocasiões: 1972-73, 1986-88 e 1997-98. O único impacto notável do retorno do El Niño até agora é uma redução no número de furacões no Atlântico Norte durante a temporada 2015, que tem 90% de probabilidade de ser menos ativa do que o normal. A corrente do El Niño cria um fenômeno que acalma as tormentas tropicais. Em contrapartida, intensifica a formação de tempestades no leste e no centro do Pacífico. Mas o maior beneficiário deste retorno do El Niño deve ser os Estados Unidos: segundo o CPC, as chuvas devem ser mais abundantes do que o normal neste outono (no hemisfério norte, ndlr) e durante o inverno na maior parte do país. O estado da Califórnia, atormentado por uma intensa seca há quatro anos, pode receber quantidades significativas de precipitações. Outros países, sem dúvidas, devem ser mais prevenidos. O Peru, por exemplo, abriu mão de acolher o Rally Dakar-2016 e deu prioridade a prevenir o impacto que o fenômeno El Niño possa causar. (Fonte: UOL)

No ritmo atual uma montanha de lixo irá nos soterrar

Pesquisa revela que a produção de resíduos aumentou 29% em 11 anos no país e para reverter à situação um bom exemplo vem da nossa Amazônia. Por Reinaldo Canto* Diferente da nossa economia, que apresenta desaceleração, o que não para de crescer é a capacidade nacional de gerar cada dia mais lixo. Foi o que concluiu a nova pesquisa divulgada pela Abrelpe – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais. Segundo os dados levantados pela entidade em cerca de 400 municípios nos quais residem quase 92 milhões de pessoas, de 2003 a 2014 a quantidade de resíduos produzidos pelos brasileiros foi cinco vezes superior ao aumento populacional do período que foi de apenas 6%. Hoje em média cada pessoa gera 1,062 quilos de lixo por dia! Os formuladores da pesquisa afirmam que essa é a primeira e mais abrangente feita sobre a situação dos resíduos no Brasil, após a entrada em vigor da PNRS – a Política Nacional de Resíduos Sólidos, em 2010. Desde então pouca coisa prevista na lei foi efetivamente implementada, entre elas, um aumento na reciclagem da ordem de 7,2%. Quando a lei passou a valer, apenas 57,6% das cidades brasileiras tinham coleta seletiva, agora esse número saltou para 64,8% dos municípios que reciclam seus resíduos. Um avanço, sem dúvida, bem tímido! Mas as boas notícias praticamente param por aí! No ano passado apenas 58,4% de um total de 78,6 milhões de toneladas de resíduos coletados tiveram destinação adequada, ou seja, foram ao menos encaminhados para aterros sanitários, locais apropriados e preparados para receber esses materiais. Outros 41% foram parar em lixões ou aterros controlados, lugares inadequados e que oferecem riscos à saúde das pessoas, ao meio ambiente e podem trazer sérias e irreversíveis consequências como a contaminação do solo e do lençol freático, entre outros. Exemplo na Amazônia Recentemente tive a oportunidade de conhecer uma realidade que dá uma medida de quanto à falta de uma ação mais efetiva para a implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos deverá agravar um quadro que já pode ser considerado dramático. À convite da empresa Tetra Pak, visitei experiências de coleta seletiva em comunidades ribeirinhas que fazem parte da Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Negro em Manaus, no estado do Amazonas. O projeto desenvolvido em parceria com a FAS – Fundação Amazonas Sustentável tem o objetivo de reduzir os impactos causados pelo lançamento de resíduos que tradicionalmente eram jogados no Rio Negro ou enterrados e até mesmo queimados. Quando a realidade dessas comunidades estava ligada, basicamente, ao descarte de material orgânico, ou seja, restos de alimentos, cascas de frutas e madeira, o próprio ambiente possuía condições razoáveis de absorção. A partir do momento em que as comunidades passam a consumir cada vez mais produtos descartáveis e alimentos industrializados embalados, entre outros, a situação muda completamente. Jogar no rio materiais como, plásticos, metais e até mesmo pilhas e baterias, altamente tóxicos e poluentes trás terríveis consequências para as pessoas e o meio ambiente amazônico. Algumas comunidades como a Três Unidos que fica às margens do Rio Cuieiras felizmente começam a entender os perigos do descarte indiscriminado desses materiais. O Centro de Triagem lá localizado recebe embalagens diversas e por meio de uma prensa entregue pela Tetra Pak, todo o material é compactado e depois enviado à Manaus para uma destinação correta. Alunos de outras 19 comunidades se dirigem diariamente para estudar no Núcleo de Conservação e Sustentabilidade Assy Manana, onde estudam e são estimulados a enviar os resíduos de suas comunidades para serem prensadas no centro de triagem da Três Unidos. No ano passado cerca de 1,5 tonelada de resíduos passaram pelo local e neste ano são esperadas a coleta de duas toneladas de materiais recicláveis. Fernando von Zuben, diretor de meio ambiente da Tetra Pak explica que o fornecimento dos materiais adequados para a construção do centro de triagem e os equipamentos compatíveis com as necessidades locais representam importantes apoios para a preservação ambiental, mas ressalta, “toda a mão de obra é local e os resultados só aparecem se as pessoas estiverem envolvidas com o projeto”. “Aqui na Amazônia as dificuldades para um processo como esse são bem maiores do que em São Paulo, por exemplo, por causa das questões logísticas da região”, afirma Virgílio Viana, engenheiro florestal e superintendente geral da FAS. Para ele, esses enormes desafios requerem uma conscientização ainda maior. A educação, o convencimento e o posterior engajamento das pessoas são as bases necessárias para o sucesso no trabalho de reciclagem. Mesmo com a expansão do projeto previsto para atingir mais comunidades, ainda será pequeno diante de outras centenas de aglomerados humanos residentes na nossa Amazônia que, neste momento, estão jogando nos rios uma quantidade imensa de materiais poluentes e contaminantes. Por essa razão, os esforços precisam envolver seriamente mais atores da sociedade manauara e dos outros estados da região e de todo o Brasil. Só para se ter uma ideia, a geração de resíduos apenas em Manaus é superior a 1,5 milhão de toneladas anuais. De 2005 a 2012 houve um incremento de 38% na quantidade de resíduos produzidos pela capital do Amazonas, segundo a Secretaria Municipal de Limpeza e Serviços Públicos da cidade. Como refletiu o cacique tuxaua Valdemir Triukuxuri, um dos líderes da comunidade Três Unidos, de acordo com a tradição indígena, tudo que é importante deve estar na frente, a vista de todos. Foi por essa razão que o Centro de Triagem possui localização privilegiada bem na frente da comunidade. “Índio considera um monumento, porque é bom para a saúde de todos”. Pois bem são essas alternativas que nos restam: colocar o problema na frente para que todos possam ver e agir, parar de protelar indefinidamente os pontos principais previstos em lei como o fim dos lixões e o aumento da capacidade de reciclagem em todo o país ou só assistir o problema crescer perigosamente. Nesse último caso, o que o futuro nos reserva, se continuarmos a empurrar com a barriga a implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos? Será mesmo uma imensa e vergonhosa montanha de lixo que não mais poderá ser escondida. (Carta Capital/ #Envolverde)

Adesão à vacina contra HPV ainda é baixa

08 de setembro de 2015 (Bibliomed). Quatro em cada dez meninas e seis em cada dez meninos, com idades entre 13 a 17 anos, não iniciaram a série de vacinas recomendada contra o papilomavírus humano (HPV) nos Estados Unidos, de acordo com os resultados da pesquisa publicados em 31 de julho de 2015 pelos Centros dos EUA para Controle e Prevenção de Doenças. A pesquisa incluiu 20.827 adolescentes com idades entre 13 a 17 em 2014. As últimas estimativas mostram que 60% das adolescentes e 42% dos rapazes receberam uma ou mais doses da vacina contra HPV em 2014. Este foi um aumento de 3% para as meninas e 8% para os meninos de 2013. Membros do CDC acreditam que o principal obstáculo para o progresso das campanhas de vacinação é que os médicos não estão fazendo uma recomendação forte o suficiente para os pais em favor da vacina contra o HPV. O CDC está pedindo aos médicos para recomendar vacinas contra o HPV da mesma forma e no mesmo dia se recomendaria outras vacinas rotineiras para adolescentes. Fonte: Morbidity and Mortality Weekly

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Como cuidar de nossa Casa Comum

Cuidar da Terra é cuidar do Sagrado que arde em nós e que nos convence de que a vida vale mais que todas as riquezas deste mundo. Hoje para cuidar da Terra como nos sugeriu detalhamente o Papa Francisco em sua encíclica “Cuidado da Casa Comum” exige-se “uma conversão ecológica global”, “mudanças profundas nos estilos de vida, nos modelos de produção e de consumo, nas estruturas consolidadas de poder”(n.5). Esse propósito jamais será alcançado senão amarmos efetivamente a Terra como nossa Mãe e soubermos renunciar e até sofrer para garantir sua vitalidade para nós e para toda a comunidade de vida (n.223). A Mãe Terra é a base que tudo sustenta e alimenta. Nós não podemos viver sem ela. A sistemática agressão que sofreu nos últimos séculos tiraram-lhe o equilíbrio necessário. Eventualmente, poderá continuar pelos séculos afora, mas sem nós. No dia 13 de agosto deste ano ocorreu o Dia da Sobrecarga da Terra (The Overshoot Day), dia em que se constatou a ultrapassagem da biocapacidade da Terra em atender as demandas humanas. Precisa-se de 1,6 planeta para atendê-las. Em outras palavras. Isso demonstra que o nosso estilo de vida é insustentável. Nesse cálculo não estão incluídas as demandas da inteira comunidade de vida. Isso torna mais urgente a nossa responsabilidade pelo futuro da Terra, de nossos companheiros de caminhada terrenal e de nosso projeto planetário. Como cuidar da Terra? Em primeiro lugar há que considerar a Terra como um Todo vivo, sistêmico no qual todas as partes se encontram interdependentes e inter relacionadas. A Terra-Gaia fundamentalmente é constituída pelo conjunto de seus ecossistemas e com a imensa biodiversidade que neles existe e com todos os seres animados e inertes que coexistem e sempre se inter relacionam como não se cansa de afirmar o texto papal, bem na linha do novo paradigma ecológico. Cuidar da Terra como um todo orgânico é manter as condições pré-existentes há milhões e milhões de anos que propiciam a continuidade da Terra, um super Ente vivo, Gaia. Cuidar de cada ecossistema é compreender as singularidades de cada um, sua resiliência, sua capacidade de reprodução e de manter as relações de colaboração e mutualidade com todos os demais já que tudo é relacionado e includente. Compreender o ecossistema é dar-se conta dos desequilíbrios que podem ocorrer por interferências irresponsáveis de nossa cultura, voraz de bens e serviços. Cuidar da Terra é principalmente cuidar de sua integridade e vitalidade. É não permitir que biomas inteiros ou toda uma vasta região seja desmatada e assim se degrade, alterando o regime das chuvas. Importante é assegurar a integridade de toda a sua biocapacidade. Isso vale não apenas para os seres orgânicos vivos e visíveis, mas principalmente para os microorganismos. Na verdade, são eles os ignotos trabalhadores que sustentam a vida do Planeta. Diz-nos o eminente biólogo Edward Wilson que “num só grama de terra, ou seja, menos de um punhado de chão, vivem cerca de 10 bilhões de bactérias, pertencentes a até 6 mil espécies diferentes”(A criação, 2008,p.26). Por aí se demonstra, empiricamente, que a Terra está viva e é realmente Gaia, superorganismo vivente e nós, a porção consciente e inteligente dela. Cuidar da Terra é cuidar dos “commons”, quer dizer, dos bens e serviços comuns que ela gratuitamente oferece a todos os seres vivos como água, nutrientes, ar, sementes, fibras, climas etc. Estes bens comuns, exatamente por serem comuns, não podem ser privatizados e entrar como mercadorias no sistema de negócios como está ocorrendo velozmente em todas as partes. A Avaliação Ecossistêmica do Milênio, inventário pedido pela ONU de uns anos atrás, no qual participaram 1.360 especialistas de 95 países e revisados por outros 800 cientistas trouxeram resultados amedrontadores. Entre os 24 serviços ambientais, essenciais para a vida, como água, ar limpo, climas regulados, sementes, alimentos, energia, solos, nutrientes e outros, 15 estavam altamente degradados. Isto sinaliza claramente que as bases que sustentam a vida estão ameaçadas. De ano para ano, todos os índices estão piorando. Não sabemos quando esse processo destrutivo vai parar ou se transformar numa catástrofe. Havendo uma inflexão decisiva como o temido “aquecimento abrupto”, que faria o clima subir entre 4-6 graus Celsius, como advertiu a comunidade científica norte-americana, conheceríamos dizimações apocalípticas afetando milhões de pessoas. Temos confiança de que iremos ainda despertar. Mais que tudo cremos que “Deus é o Senhor soberano amante da vida”(Sb 11,26) e não deixará acontecer semelhante Armagedom. Cuidar da Terra é cuidar de sua beleza, de suas paisagens, do esplendor de suas florestas, do encanto de suas flores, da diversidade exuberante de seres vivos da fauna e flora. Cuidar da Terra é cuidar de sua melhor produção que somos nós seres humanos, homens e mulheres especialmente os mais vulneráveis. Cuidar da Terra é cuidar daquilo que ela através de nosso gênio produziu em culturas tão diversas, em línguas tão numerosas, em arte, em ciência, em religião, em bens culturais especialmente em espiritualidade e religiosidade pelas quais nos damos conta da presença da Suprema Realidade que subjaz a todos os seres e nos carrega na palma de sua mão. Cuidar da Terra é cuidar dos sonhos que ela suscita em nós, de cujo material nascem os santos, os sábios, os artistas, as pessoas que se orientam pela luz e tudo o que de sagrado e amoroso emergiu na história. Cuidar da Terra é, finalmente, cuidar do Sagrado que arde em nós e que nos convence de que é melhor abraçar o outro do que rejeitá-lo e que a vida vale mais que todas as riquezas deste mundo. Então ela será de fato a Casa Comum do Ser. (Carta Maior/ #Envolverde)

Fibrose Cística

Definição A fibrose cística (FC) ou mucoviscidose é uma doença genética autossômica recessiva, que ocasiona um defeito no transporte clorídrico, com alterações na produção de muco e na transpiração do paciente. Estas alterações afetam invariavelmente os pulmões, pâncreas, fígado, intestino, seios da face, órgãos sexuais e o estado nutricional do paciente. Em 15 a 20% dos pacientes com diagnostico de fibrose cística, a primeira manifestação é o íleo meconial, sendo indicativo da doença. Nestes casos o diagnostico precoce da doença, através do screening neonatal, não irá ajudar numa detecção mais cedo da patologia nessas crianças. O muco que é produzido pelos pacientes com FC se acumula nos pulmões, bloqueando as vias aéreas. Isto cria um meio apropriado para o crescimento bacteriano, e estes pacientes têm infecção respiratória de repetição que pode levar a lesão pulmonar irreversível. A insuficiência respiratória é a causa mais freqüente de morte nestes pacientes, cuja expectativa de vida não ultrapassa em muito os 35 anos. O muco também obstrui os ductos pancreáticos destes pacientes, resultando em um bloqueio à liberação das enzimas digestivas por este órgão. Como estas enzimas não estão disponíveis, para efetuar a digestão de vitaminas, proteínas e gorduras, estes nutrientes saem do organismo sem serem utilizadas, levando a quadros de desnutrição grave, deficiência de vitaminas (A,D,E,K), eliminação de fezes volumosas e dor abdominal acompanhada de flatulência importante. O Balanço eletrolítico destes pacientes sempre está alterado, em conseqüência da grande perda de sal que eles apresentam pela transpiração. Os sintomas e a severidade da fibrose cística variam de paciente para paciente. Algumas pessoas têm sérios problemas pulmonares e digestivos, enquanto outras apresentam sintomatologia leve que só vai se manifestar na adolescência ou quando são adultos jovens. Etiologia A fibrose cística é causada por um defeito genético em um gene denominado Transmembrane conductance regulator (CFTR). Este gene é responsável pela manufaturação da proteína, que regula a entrada e saída de sal e água para dentro e fora das células. Existem portadores sãos da doença, já que ela tem caráter autossômico recessivo. Sinais e sintomas • Pouco ganho pondero estatural • Aumento do diâmetro antero posterior do tórax • Crepitações torácicas e hiper-ressonância à percussão • Baqueteamento digital • Tosse crônica • Distensão abdominal • Fezes abundantes e gordurosas Diagnostico diferencial Um diagnostico precoce, baseado na clinica, geralmente é difícil, pois não existe nenhum sinal ou sintoma patognomônico da doença. O diagnóstico diferencial é feito com doença celíaca, alergias alimentares, asma, bronquite, entre outros. Benefícios do screening neonatal • Maior desenvolvimento das crianças, se o diagnostico é feito precocemente. • Melhor desenvolvimento neurológico e cognitivo • Diminuição do número e do tempo de hospitalização destas crianças • Diminuição da mortalidade em até 50%, mostrada em vários estudos, quando o diagnóstico é realizado precocemente. • Diminuição da intensidade das lesões pulmonares • Possibilidade de identificação de irmãos, com quadro sugestivo de FC, mas que não tenham sido diagnosticados ainda. Tratamento O plano terapêutico da FC deve ser abrangente e basear-se na idade do paciente, no grau de comprometimento dos vários órgãos e sistemas, e no tempo disponível para tratamento. Pela sua freqüência e gravidade, o acometimento pulmonar deve receber uma fatia generosa das atenções do médico assistente. O objetivo do tratamento pulmonar é manter as vias aéreas limpas e controlar infecções, mas existem divergências quanto a vários aspectos específicos do tratamento. Ao longo deste artigo, apresentaremos aspectos-chave envolvidos na terapêutica das principais complicações pulmonares da FC. Famacoterapia básica A peça-chave do tratamento pulmonar na FC consiste no uso de aerossóis com broncodilatadores e beta-agonistas. Os aerossóis também podem ser utilizados para administrar antibióticos (p.ex.: aminoglicosídeos), reduzindo a necessidade de hospitalização de pacientes com infecções respiratórias causadas por patógenos resistentes. A nebulização com solução hipersalina vem sendo preconizada, mostrando grandes benefícios, quando associada a broncodilatadores. Estudos comparativos realizados recentemente mostram grande vantagem desta solução, sobre a solução salina isotônica (NaCl 0,9%). O uso de DNase recombinante humana (2,5 mg) em dose única via aerossol, por 6 meses ou mais parece ser capaz de melhorar a função pulmonar, diminuir a freqüência das exacerbações e aumentar a sensação de bem-estar em pacientes com pneumopatia leve a moderada, associada à presença de secreção mucopurulenta. A eficácia em pacientes com pneumopatia severa (capacidade vital <40% do previsto), ainda não foi documentada. Compostos a base de N-acetilcisteína são tóxicos para o epitélio ciliado e sua administração deve ser evitada. A antibioticoterapia deve ser realizada de acordo com critérios clínicos e isolamento do patógeno responsável – sempre que possível, o tratamento deve ser guiado pelo antibiograma. Os microorganismos mais comuns incluem S. aureus, Haemophilus influenzae, e P. aeruginosa. O ibuprofeno, administrado a longo prazo, diminui significativamente o ritmo de progressão da pneumopatia, especialmente em pacientes mais jovens com doença incipiente. Os efeitos colaterais são raros. Fisioterapia respiratória A fisioterapia torácica (FT), com percussões torácicas associadas à drenagem postural, é particularmente útil em pacientes com FC. A melhora da função pulmonar leva alguns meses para ser percebida, mas a interrupção da FT em crianças, com limitações leves a moderadas das vias aéreas, resulta em deterioração da função pulmonar em poucas semanas – quadro que pode ser imediatamente revertido com a reintrodução da FT. O tratamento deve ser realizado uma a quatro vezes por dia, dependendo da severidade da disfunção pulmonar. Tosse e expirações forçadas devem ser encorajadas após cada sessão de tapotagem. Atelectasias As atelectasias lobares são raras e podem ser assintomáticas. Na maior parte dos casos, a antibioticoterapia endovenosa agressiva, associada à FT direcionada para o lobo afetado, são eficazes. Caso não se observe qualquer melhora após 5-7 dias, recomenda-se broncoscopia. A lobectomia só deve ser considerada nos pacientes que não apresentam expansão e naqueles com tosse, febre e anorexia progressiva. Hemoptise O sangramento endobrônquico em geral representa erosão da parede das vias aéreas devido a processos infecciosos. Com o aumento no número de pacientes mais velhos, a hemoptise vem aumentando sua freqüência. Episódios de pequeno volume (< 20 ml) não devem causar alarme e significam apenas necessidade de antibioticoterapia e fisioterapia torácica. Nos pacientes com hemoptise persistente ou severa, indica-se hospitalização. A hemoptise maciça é definida como a perda de 250 ml ou mais de sangue em um período de 24h e requer monitorização cuidadosa do paciente e, possivelmente, hemoterapia. Outras medidas terapêuticas incluem suspensão da fisioterapia respiratória (deverá ser re-introduzida gradualmente, 24h após o último episódio de sangramento) e suplementação de vitamina K (nos pacientes com alteração do tempo de protrombina). A broncoscopia em geral é incapaz de determinar o ponto hemorrágico. A lobectomia deve ser evitada, preservando-se assim tecido pulmonar funcionante. A embolização de ramos arteriais brônquicos é uma alternativa útil nos casos persistentes. Felizmente, a hemoptise maciça é rara na primeira década de vida e ocorre em menos de 1% dos adolescentes. Pneumotórax Menos de 1% das crianças e adolescentes com FC apresentam pneumotórax como complicação da doença. Esta alteração potencialmente fatal é mais comum em pacientes mais velhos. O episódio de pneumotórax pode ser assintomático, mas freqüentemente manifesta-se com dor torácica ou no ombro, dispnéia ou hemoptise. Se o pneumotórax é inferior a 5-10%, o paciente é internado e mantido sob conduta expectante. Pneumotórax maiores que 10% ou hipertensivos necessitam intervenção cirúrgica imediata. O procedimento é bem tolerado mesmo nos pacientes com pneumopatia avançada, apresentando baixos índices de recorrência, complicações e morte. O tubo de drenagem torácica é removido no segundo ou terceiro dia pós-operatório. A toracotomia fechada associada à administração de agentes esclerosantes é uma alternativa ao procedimento aberto. Em pacientes com pneumotórax bilateral, o escape de ar deve ser controlado imediatamente, pelo menos de um lado. Aspergilose alérgica Esta complicação pode manifestar-se com sibilos, tosse persistente, dispnéia ou hiper-insuflação torácica. Infiltrados focais podem ser observados à radiografia em alguns pacientes. O diagnóstico de aspergilose alérgica é ainda sugerido pela expectoração mucopurulenta, isolamento do agente a partir do exame de escarro, presença de anticorpos séricos anti-Aspergillus fumigatus ou presença de eosinófilos em uma amostra fresca de escarro. O tratamento é direcionado para o controle da reação inflamatória com corticosteróides. Casos refratários podem necessitar aerossóis de anfotericina B ou itraconazol sistêmico. Insuficiência respiratória aguda A insuficiência respiratória aguda é rara em portadores de FC e pneumopatia leve a moderada. Costuma ser secundária a infecções virais intensas (p.ex: influenza). O empenho no tratamento é justificado pela possibilidade real de recuperação plena (ainda que lenta). Além dos aerossóis, pode-se utilizar tapotagem, antibioticoterapia endovenosa e oxigenioterapia nasal. Alguns pacientes necessitam aspiração endotraqueal ou broncoscópica e, na maioria dos casos, o tratamento do quadro deve ser prolongado por uma a duas semanas após recuperação do estado geral. Insuficiência respiratória crônica A lenta deterioração da função pulmonar leva muitos portadores de FC à insuficiência respiratória crônica. Uma vez que a maioria destes pacientes convive durante vários anos com pressões arteriais de O2 abaixo de 50 mmHg, desenvolvendo cor pulmonale crônico, a suplementação domiciliar com O2 nasal (especialmente durante o sono) produz bons resultados. A antibioticoterapia e a fisioterapia pulmonar também são componentes importantes do tratamento. O uso de diuréticos deve ser monitorizado para evitar alcalose secundária à retenção de bicarbonato. O transplante pulmonar tem sido a cada dia uma opção mais viável para pacientes com FC e pneumopatia terminal. Cerca de 50% dos pacientes transplantados sobrevive 5 anos ou mais, com melhora significativa da função pulmonar e da qualidade de vida. Infelizmente, devido à ocorrência de bronquiolite obliterante e outras complicações, os pulmões transplantados em geral não duram toda a vida do receptor. Insuficiência cardíaca direita Alguns pacientes apresentam descompensação cardíaca direita como conseqüência de algum episódio aguda, como infecção viral ou pneumotórax. O diagnóstico de insuficiência cardíaca direita é confirmado pela presença de cianose, dispnéia aos mínimos esforços, edema maleolar, aumento da turgência jugular, ganho ponderal inexplicável e aumento global do coração ou apenas das câmaras direitas à radiografia, ao eletrocardiograma ou ao ecocardiograma. O tratamento obedece aos princípios terapêuticos de todo paciente com insuficiência cardíaca congestiva e cor pulmonale. Ainda não existem estudos confirmando benefícios no emprego de vasodilatadores pulmonares. O transplante pulmonar é a melhor opção terapêutica disponível atualmente. Conclusão Apesar da sobrevida de indivíduos com FC ter aumentado nos últimos 30-40 anos, esta doença ainda é capaz de limitar dramaticamente a vida do paciente. Crianças com pneumopatia severa em geral falecem antes da adolescência e as sobreviventes experimentam decréscimo progressivo e incapacitante da função pulmonar, culminando com falência respiratória irreversível em torno da terceira década de vida. Aerossóis, antibioticoterapia e fisioterapia são as principais ferramentas para reduzir a morbidade respiratória da FC. Em pacientes com insuficiência respiratória crônica ou insuficiência cardíaca severa, o transplante pulmonar é a única medida terapêutica capaz de alterar o curso inexorável para o óbito.

Aquecimento climático continua a aumentar, mostra estudo

Os objetivos de redução dos gases de efeito estufa, anunciados até agora em nível mundial, levariam a um aquecimento climático “bem superior a 2 graus”, limite fixado pela Organização das Nações Unidas (ONU), segundo estudo divulgado na quarta-feira (2) em Bonn (Alemanha). O mundo continua em trajetória de subida de 2,9 a 3,1 graus até 2100, informa o Climate Action Tracker (CAT), organismo que integra quatro centros de investigação e que analisa as emissões e os compromissos dos países, no estudo divulgado paralelamente às negociações preparatórias à Conferência de Paris sobre o Clima. Os compromissos de redução apresentados pelos governos à ONU “levam a emissões mundiais bem superiores aos níveis necessários para conter o aquecimento em 2 graus” em relação à época pré-industrial, mostra o estudo. A Conferência de Paris sobre o Clima, marcada para dezembro, visa a obter um acordo para limitar o aumento da temperatura mundial a 2 graus. Segundo os cientistas, um aquecimento além desse limite terá consequências irreversíveis. Até essa terça-feira (1º), 56 países, responsáveis por cerca de 65% das emissões mundiais de gases de efeito estufa, que provocam o aquecimento climático, entregaram os seus objetivos de redução à ONU. De acordo com o estudo, para limitar o aumento da temperatura a 2 graus, os governos devem reforçar significativamente os seus objetivos: “devem reduzir em conjunto as emissões mundiais de dióxido de carbono equivalente entre 12 e 15 gigatoneladas até 2015 e entre 17 e 21 gigatoneladas até 2030”. As emissões de gases de efeito estufa chegam atualmente a cerca de 50 gigatoneladas. Sobre os compromissos de 15 países (representando 64,5% das emissões mundiais), o CAT considerou sete “inadequados” (Austrália, Canadá, Japão, Nova Zelândia, Cingapura, Coreia do Sul, Rússia), seis “médios” (China, União Europeia, México, Noruega, Suíça, Estados Unidos) e apenas dois “suficientes” (Etiópia e Marrocos). “A maioria dos governos que já apresentaram os seus compromissos de redução deve rever os seus objetivos de acordo com a meta mundial mundial e, na maioria dos casos, reforçá-los. Os que ainda estão estabelecendo as metas devem ser tão ambiciosos quanto possível”, lembrou o Niklas Hohne do NewClimate Institute, um centro de investigação membro do CAT. Os dez principais emissores de gases de efeito de estufa que ainda não divulgaram os seus objetivos são: Índia, Brasil, Irã, Indonésia, Arábia Saudita, África do Sul, Tailândia, Turquia, Ucrânia e Paquistão. Eles são responsáveis por 18% das emissões em nível mundial. (Fonte: Agência Brasil)

O mundo se preocupa com a mudança climática

Co-iniciada pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a maior consulta sobre alterações climáticas e energia ouviu 10 mil pessoas ao redor do mundo. Uma pesquisa, chamada de Ampla Visão Mundial sobre Alterações Climáticas e Energia, mostrou que quase 80% dos 10 mil entrevistados estão preocupados com a mudança climática, sendo que duas a cada três pessoas entendem que essa é uma oportunidade para melhorar sua qualidade de vida. No projeto, co-iniciado pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a World Wide Views Alliance realizou uma consulta global interrogando cidadãos sobre as alterações climáticas e energia. Dez mil pessoas de 76 países foram questionadas sobre o quão longe iriam para promover a transição energética e combater a mudança climática. Elas participaram de reuniões de um dia inteiro e debates onde foram convidadas a expressar suas opiniões sobre temas como gases de efeito estufa, financiamento das alterações climáticas e soluções. A consulta também aponta que 68% dos cidadãos globais acham que um acordo em Paris, durante a Conferência sobre Mudança Climática em dezembro, deve incluir uma meta global de longo prazo para chegar a zero emissões de gases de efeito estufa no final do século e que seja juridicamente vinculativo para todos os países em desenvolvimento e desenvolvidos que todos estejam no mesmo nível. Além disso, 79% acham que os países de alta renda devem pagar mais do que os já acordados 100 bilhões de dólares anuais até 2020 para mitigação e adaptação em países de renda baixa, e consideram que o seu país deve tomar medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, mesmo que muitos outros países não o façam. Leia mais sobre a pesquisa aqui. (ONU Brasil/ #Envolverde) * Publicado originalmente no site ONU Brasil.

Cartão SUS ganha versão digital e aplicativo para celular

O Cartão SUS - que é a identidade do cidadão no Sistema Único de Saúde (SUS) - está agora a apenas um clique do cidadão e dos serviços de saúde de todo o país. O aplicativo, chamado Cartão SUS Digital, disponibilizará ferramentas importantes, como o controle da aferição de pressão e medição de glicemia, o que é essencial para quem tem diabetes e hipertensão. A ideia é que a população utilize o aplicativo e, com isso, traga economia aos cofres públicos - apenas em 2014, o Ministério da Saúde destinou R$ 4 milhões para a compra de mais de 13 milhões de cartões plásticos. Alergias e emergências O cidadão também poderá indicar se possui alguma alergia, informar se faz uso contínuo de medicamentos, adicionar contatos de emergência e compartilhar as informações com médicos por quem estejam sendo acompanhados, o que permite traçar o diagnóstico e ofertar o tratamento mais adequado ao histórico do paciente. Ao preencher as informações, a ferramenta mostrará, com auxílio de gráficos, os últimos registros de pressão máxima e mínima, bem como a evolução das taxas de glicemia. O aplicativo já está disponível para celulares com sistema operacional Android e a previsão é de que em novembro ele já esteja disponível na Apple Store. Novos serviços serão disponibilizados nos próximos meses conforme o aplicativo vai recebendo novas versões. Cartão SUS O Cartão SUS possibilita a identificação dos usuários e, com isso, permite gerenciar o conjunto de atendimentos realizados a cada pessoa, onde quer que aconteçam. Hoje, todo brasileiro com CPF válido possui o número do Cartão Nacional de Saúde, como consequência da integração da base de dados do cartão (CadSUS Web) com a Receita Federal. As unidades da rede pública de saúde devem prestar atendimento à população independentemente da apresentação do cartão. Se o paciente não tiver o cartão (digital ou em mídia plástica) ou mesmo o número, o registro pode ser feito no momento do atendimento. Isso vale tanto para as unidades públicas como privadas. Para descobrir o número do Cartão, o cidadão pode entrar no aplicativo, informando seu número de CPF e data de nascimento. Para quem ainda não possuir, o Cartão SUS é emitido pelas unidades de saúde pública que prestam atendimento ao cidadão nos estados e municípios. Agência Saúde

Você sabe o que é trombose venosa?

Trombose venosa A trombose é um evento grave marcado pelo entupimento de veias, ocorrendo geralmente depois de uma cirurgia, corte ou mesmo pela falta de movimento. Um rastreamento feito pelo Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) entre pacientes que haviam saído da internação pós-cirúrgica indica que cerca de 2% dos pacientes retornaram ao hospital em decorrência de trombose, o que coloca o evento como um dos principais efeitos colaterais danosos das cirurgias. "Trombose venosa é um problema infelizmente frequente depois de cirurgias ortopédicas e oncológicas, em especial. Por isso, é fundamental que os pacientes cumpram a prescrição de medicamentos mesmo que seja por longos períodos", alerta o diretor do INTO, João Matheus Guimarães. "As orientações sobre a prática de exercícios também devem ser observadas todos os dias para agilizar ao máximo a recuperação pós-cirúrgica e evitar a doença". Há também casos de associação entre a trombose e o uso de alguns anticoncepcionais. Trombose pós-cirúrgica Os pacientes submetidos a cirurgias de joelho, quadril e trauma (como fraturas) são os principais grupos de risco. Essas três subespecialidades cirúrgicas corresponderam a 80% dos casos de trombose verificados no ano passado em pacientes que retornaram ao hospital depois de operados. A trombose que pode ocorrer após uma cirurgia ortopédica é geralmente localizada nas pernas, provocando entupimento da veia, causando dor e inchaço. Às vezes coágulos podem se soltar, viajando pelo sangue até "encalhar" no pulmão, ocasionando a embolia pulmonar. Essa condição, que provoca uma súbita falta de ar, pode ser bastante grave e exige atendimento imediato. Vários sinais podem indicar o desenvolvimento de coágulos sanguíneos. Sintomas da trombose Uma dor diferente da dor da cirurgia. Vermelhidão ao longo da perna (que aparece de repente ou inchaço que está piorando). Inchaço na perna (que apareceu de repente ou inchaço que está piorando). Aumento da temperatura (calor) da perna que está doendo. Respiração curta e rápida e palpitações, podendo acontecer algum desmaio. Tosse com sangue. Dor no peito ou nas costas. Prevenção da trombose Pequenos cuidados podem prevenir tanto a trombose pós-cirurgia quanto a condição gerada por outras causas. É fundamental manter-se em movimento, fazendo atividades físicas rotineiramente, além da ingestão adequada de líquidos. O que é trombose venosa? Exercícios preventivos para evitar a trombose venosa. [Imagem: INTO] Veja outras atitudes que ajudam a diminuir o risco de desenvolver uma trombose: Evitar o aumento do peso corporal. Movimentar-se ao máximo no dia, respeitando as limitações individuais. Parar de fumar. Ingerir líquidos de forma saudável. informações do INTO

Gordura corporal envia mensagens para o cérebro

O cérebro ouve Os efeitos da atuação do cérebro sobre outras partes do corpo são bastante óbvios. Mas parece que esta é uma via de mão dupla. Pesquisadores descobriram que a gordura corporal envia um sinal que afeta a maneira como o cérebro lida com o estresse e o metabolismo. Embora a natureza exata desse sinal ainda dependa de mais estudos para ser desvendada, os pesquisadores afirmam que o simples fato de saber que essa rota existe poderá ajudar a quebrar um ciclo vicioso envolvendo estresse, alimentação e obesidade. O estresse provoca o desejo de comer mais, o que pode levar à obesidade. E muita gordura extra pode prejudicar a capacidade do corpo de enviar um sinal para o cérebro para desligar a resposta ao estresse e eliminar o desejo de comer ainda mais. Comunicação gordura-cérebro Os resultados revelaram uma "rede de feedback" da gordura corporal para o cérebro: um receptor glicocorticoide no tecido adiposo afeta a maneira como o cérebro controla o estresse e o metabolismo. Como a sinalização glicocorticoide é crucial para a regulação do eixo hipotálamo-hipófise-supra-renais, o tecido adiposo pode afetar diretamente as funções do sistema nervoso central que conectam obesidade, doença metabólica e problemas relacionados ao estresse. Regulação do estresse A descoberta é importante porque mostra que não é simplesmente o cérebro que comanda a forma como o corpo responde ao estresse, argumenta o professor James Herman, da Universidade de Cincinnati (EUA), cuja equipe publicou os resultados na revista Psychoneuroendocrinology. "Ela mudou a nossa compreensão do controle do estresse, incluindo outras partes do corpo. Antes disso, todos pensavam que a regulação do estresse era coisa essencialmente do cérebro. Ela não ocorre apenas no cérebro. Este estudo sugere que a regulação do estresse ocorre em uma escala muito maior, incluindo os sistemas do corpo que controlam o metabolismo, como a gordura," disse Herman. Agora a equipe pretende desvendar a natureza exata dessa rota de sinalização, de forma a interrompê-la para quebrar o ciclo vicioso estresse-comer mais-obesidade. Diário da Saúde

El Niño ganhará força e pode ser um dos maiores desde 1950

A atual ocorrência do fenômeno climático El Niño deverá ganhar força antes do fim deste ano, atingindo um pico entre outubro e janeiro, disse a Organização Meteorológica Mundial (OMM) nesta terça-feira (1º). Os modelos climáticos e os especialistas indicam que a superfície na porção leste-central do oceano Pacífico deverá ficar mais de 2 graus Celsius mais quente que a média, potencialmente tornando este El Niño um dos mais fortes desde 1950, com intensidade semelhante às ocorrências de 1972-73, 1982-83 e 1997-88. (Fonte: G1)

Satélites sinalizam aumento de 68% no desmatamento na Amazônia

O sistema Deter (Detecção do Desmatamento em Tempo Real) encerrou o último ano tendo detectado uma área de florestas derrubadas 68% maior que no ano anterior na Amazônia. O “ano fiscal” do desmatamento vai de agosto a julho. No período 2013-2014 o Deter, operado pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) enxergou 3.035 km² de florestas destruídas em imagens de satélite. No período 2014-2015 o número subiu para 5.121 km². Esse total de áreas desmatadas ainda não é o número consolidado, que é produzido pelo sistema Prodes, também do Inpe, mais lento mas menos limitado pelas nuvens que cobrem a floresta e dificultam enxergá-la. Os 5.121 km² de alertas gerados pelo Deter neste ano, porém, já são uma área maior do que aquela observada pelo Prodes no ano anterior (5.012 km²). Isso já dá ao governo praticamente a certeza de que neste ano o desmatamento vai subir, mesmo que suba pouco. O Inpe ainda não marcou uma data para a divulgação dos novos números do Prodes. Se os dados consolidados do desmatamento acompanharem a tendência dos números do sistema Deter – o que nem sempre acontece – neste ano a Amazônia registrará sua pior taxa de desmatamento em seis anos. Os números anuais do Deter foram fechados na segunda (31) após o Inpe divulgar os dados finais, de maio a julho. Nesse período, 1824 km² foram desmatados na Amazônia. Os dois estados que registraram maior derrubada de floresta foram Pará (849 km²) e Rondônia (637 km²). (Fonte: G1)

As principais barreiras do consumo consciente

Para compreender melhor o mundo em que se insere, a organização FSC® realizou uma pesquisa mundial sobre hábitos de consumo sustentáveis. Foram entrevistadas cerca de nove mil pessoas, homens e mulheres, com idades entre 21 e 64 anos, em 11 países. Os resultados mostram que a maioria das pessoas acredita que suas escolhas fazem, sim, diferença. E quase 60% estão dispostas a pagar mais por um produto “verde” e pretendem aumentar seus “ecogastos” no futuro. Outro indicador mostra que quatro em cada cinco dizem que as empresas devem se responsabilizar por questões como poluição e aquecimento global. Cerca de 80% dos entrevistados acredita que problemas ambientais como os citados acima são muito sérios. Brasileiros, sul-africanos e indianos estão entre mais preocupados. “Esse é um dado que salta aos olhos, mas levanta a questão de que, pelo menos por aqui, a quantidade de intenção que vira ação ainda é menor do que gostaríamos”, destaca Fabíola Zerbini, secretária-executiva do FSC Brasil. Em algumas cadeias, como a moveleira, produtos certificados ainda são de fato mais caros. “É preciso relacionar valor monetário com valor ambiental e social”, completa Fabiola. “Qualidades distintas têm preços distintos”. Comportamentos responsáveis No geral, para enfrentar essas situações, as pessoas adotam comportamentos mais responsáveis, como economizar energia (80%) e água (78%) e encaminhar os resíduos sólidos para a reciclagem (75%). A motivação é maior se a atitude é facilmente incorporada no dia a dia e traz ganhos diretos. Quando é preciso investir tempo ou dinheiro, o engajamento diminui um pouco. Apenas 52% dos consumidores consideram o meio ambiente na hora da compra, 51% usam meios de transporte menos poluentes, 20% aderem ao voluntariado e 19% fazem doações. Entre as principais barreiras para não se tornar sustentável, os entrevistados citam o custo extra, a falta de conhecimento sobre o que é possível fazer, a rotina corrida e a responsabilidade do governo. Outros resultados Para se orientar na hora da compra, cerca de 50% confiam plenamente em selos de certificações – como o próprio FSC – e rótulos de embalagens. E enquanto apenas 20% acreditam nas propagandas das empresas, 44% dão crédito a prêmios e ao reconhecimento de terceiros; 43% confiam na opinião de amigos, familiares e colegas de trabalho e 34% acham valido ler resenhas, blogs e comentários. E pouco mais de 30% das pessoas acreditam no que está escrito nos relatórios de sustentabilidade das empresas. Diante dos fatos recentes, como desastres naturais, perda da biodiversidade e crescente desmatamento, boa parte da população já percebeu que economia e meio ambiente andam juntos e não dá para ficar de braços cruzados. (#Envolverde)