Um biodigestor aperfeiçoado, desenvolvido em um estudo em parceria entre a Universidade de São Paulo, USP e a Universidade de Gênova, Unigena, na Itália, produziu 40% mais biogás a partir do esgoto, do que os aparelhos comuns.
O gás é purificado durante o processo, o que faz com que o modelo gere cerca de 50% mais energia. O produto final apresenta, ainda, semelhanças ao gás natural veicular, GNV.
Nos biodigestores os dejetos são fermentados por bactérias que eliminam gases como o metano e o gás carbônico. Na zona rural os biodigestores recebem, geralmente, dejetos de animais, nas grandes cidades, o esgoto pode ser processado em estações de tratamento para a transformação em gás.
No aparelho projetado pelos pesquisadores a fermentação ocorre em compartimentos de vidro imersos em água a 40º Celsius. Os resíduos são agitados por hélices cinco vezes ao dia.
A quantidade de biogás produzido é monitorada por um medidor no tubo de saída. “Podemos identificar se as bactérias estão trabalhando bem, se a cinética de fermentação está sendo otimizada”, explicou o engenheiro agrônomo Ricardo Pinheiro, que ajudou a desenvolver o biodigestor em seu doutorado duplo na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP e na Unigena.
Além de todo o processo, microalgas foram acopladas para retirar o gás carbônico e aumentar a concentração de metano, o principal gás do GNV.
O modelo desenvolvido em parceria com a Itália está sendo desenvolvido há seis anos e poderá ser utilizado em estações de tratamento de esgoto e em fazendas, em criadouros de suínos.
Danielle Jordan / Ambientebrasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário